
Eugène Delacroix (1798-1863), A liberdade guiando o povo. Esse quadro simboliza bem o espírito revolucionário da época. A figura que personifica a Liberdade – uma bela e robusta mulher, com perfil clássico, seios a mostra, carregando em uma das mãos um fuzil e na outra, a bandeira francesa. O jovem de cartola e fuzil na mão é identificado pelos críticos como o próprio Dlacroix, um ardoso defensor dos princípios norteadores da Revolução Francesa ( Liberdade, Igualdade, Fraternidade) e anônimos heróis que tombaram em defesa dos ideais revolucionários.
Momento histórico
*Palavra chave liberdade
*Liberalismo econômico e democracia
*Filósofos iluministas
Características
* O individualismo e o subjetivismo
* O nacionalismo:
O culto da Idade Média pelos europeus;
O indianismo e o culto da natureza no Brasil;
* A evasão ou escapismo ( o saudosismo, o sonho, a consciência da solidão, o exagero)
* A idealização da mulher e do amor
* Verso livre e verso branco
Influências:
George Gordon Byron (1788-1824), poeta inglês cuja obra serviu como modelo de ultra-romântico.
Victor Hugo (1802-1885), poeta, romancista e escritor francês, cuja obra, voltada para as questões politicas e sociais de seu tempo, inspirou a ultima geração de românticos.
Romantismo em Portugal
* Inicia com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret, termina em 1865 com o início do Realismo com a Questão Coimbrã.
* Primeiro momento: autores que guardam ainda características neoclássicas:
Almeida Garret ( 1799-1854): Camões, Viagens na minha terra, Folhas caídas;
Alexandre Herculano (1810-1877): Eurico, o presbítero, O monge de Cister;
Antonio Feliciano de Castilho (1800-1875): A noite no castelo, Os ciúmes do bardo.
* Segundo momento: autores plenamente românticos:
Soares de Passos (1826-1860): Poesias.
Camilo Castelo Branco (1825-1890): Amor de Perdição, Amor de salvação, A doida do Candal.
* Terceiro momento: Romantismo moderado
João de Deus (1830-1896): Campo de flores.
Julio Dinis (1839-1871): As pupilas do senhor reitor, A morgadinha dos canaviais, Uma família inglesa, Os fidalgos da casa mourisca.
Romantismo no Brasil
*1836 inicia com a publicação de Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães
*1881 termina com a publicação Memórias póstumas de Brás Cubas, romance realista de Machado de Assis, e de O mulato, romance naturalista de Aluísio Azevedo;
A poesia romântica dividi-se em três gerações
Primeira Nacionalista
Características:Nacionalismo, aversão à influência portuguesa (lusofobia), religiosidade e misticismo, indianismo.
Temas: o índio, a saudade, o amor impossível.
Autores :Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias.
Segunda Ultra-romântica
Características:Individualismo, pessimismo, escapismo, mal-do-século, morbidez, noturnismo. Temas: a dúvida, o tédio, a orgia, a infância, o medo de amar, o sofrimento.
Autores: Álvares de Azevedo,
Junqueira Freire,
Casimiro de Abreu, Fagundes Varela.
Terceira Social, liberal ou condoreira
Características: Aprofundamento do espírito nacionalista, do liberalismo, da poesia social e da política.
Temas: a escravidão, a república, o amor erótico.
Autor: Castro Alves.
Teatro
Martins Pena
França Junior
Artur Azevedo
Prosa / Romance
Joaquim Manuel de Macedo
Manuel Antônio de Almeida
José de Alencar
Bernardo Guimarães
Visconde de Taunay
Franklin Távora
Machado de Assis
Características da Prosa Romântica
*Início do século XIX, em folhetins
*A literatura se populariza, (estudante / mulher)
*Valorização do passado histórico e medieval, investigação das raízes da nacionalidade
*Indianismo
O esquema
*Estabelece-se uma dupla amorosa
*Após o primeiro encontro monta-se um conflito
*Emaranhado de situações. O objetivo é distrair, não o de transmitir cultura.
*Os conflitos giram em torno do amor e do dinheiro
*No final, tudo acaba bem, em casamento / acontece a tragédia, a morte
Referências
TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Português de olho no mundo de trabalho. São Paulo: Scipione, 2004.
Olá professora...
ResponderExcluirEstou mandando o poema que você pediu a todos da sala, como não deixou a data para a entrega, estou mandando, atrasado por sinal, este comentário:
Também não me lembro se era em grupo ou não!!!
Segue abaixo um poema de livre escolha:
NOMES:
Leandro nº25
Rafael da Silva nº30
Rebecca nº32
-ALPHONSUS DE GUIMARAENS
Afonso Henriques da Costa Guimarães (1870-1921), o poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens, teve sua vida marcada pela morte de sua noiva, Constança. Esse amor irrealizado, bem como um misticismo religioso, está presente em toda a sua obra. O poeta mineiro viveu os últimos anos isolado na cidade de Mariana, em Minas Gerais.
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava longe do céu...
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar. . .
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma, subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
DE NICOLA, José, Português ensino médio, volume 2,editora scipione. 1º edição, São Paulo, 2009.
Grata!!
-Rebecca Seiko moreira Iyama.
Nomes: Cintia, Vanessa, Danielle E Nayara
ResponderExcluirSérie:2º B
Soneto:
Estes os olhos são da minha amada
Que belos,que gentis e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
os doces frutos da estação dourados.
Por eles a alegria derramada
tornam-se os campos de, prazer gostosos.
em Zéfiros suaves e mimosos
toda essa região se vê banhada.
Vinde os olhos belos, vinde e enfim trazendo
Do rosto do meu bem as prendas belas,
dai o alivio ao mal que estou gemendo.
Mas ah! delírio meu que me atropelas!
Os olhos que eu cuidei q estava vendo,
Eram (quem crera tal) duas estrelas.
Claudio Manuel da Costa
Um dos maiores poetas do Arcadismo brasileiro (1729-1789) naturalidade mineira,Ouro Preto. Formado em direito em Portugal na Universidade de Coimbra, comtribuiu para q a literatura brasileira fosse lisongeada por suas belas obras.
Nome: Luis Henrique N° 28
ResponderExcluirNome: Bruno Cesar N° 10
SÉRIE: 2° D
Gregório de Matos
Poeta barroco brasileiro, nasceu em Salvador/BA, em 20/12/1623 e morreu em Recife/PE em 1696. Foi contemporâneo do Pe. Antônio Vieira. Amado e odiado, é conhecido por muitos como "Boca do Inferno", em função de suas poesias satíricas, muitas vezes trabalhando o chulo em violentos ataques pessoais. Influenciado pela estética, estilo e sintaxe de Gôngora e Quevedo, é considerado o verdadeiro iniciador da literatura brasileira.
Poema de Gregório de Matos:
A EL REY D. PEDRO II COM UM ASTROLABIO DE TOMAR O SOL, QUE MANDOU O Pe. VALENTIM STANCEL DEDICADO AO RENASCIDO MONARCA.
Este, Senhor, que fiz leve instrumento
Para pesar o sol a qualquer hora,
Dedico a aquele Sol, a cuja aurora
Já destinam dous mundos rendimento.
Desta minha humildade, e desalento,
Que a sua quarta esfera não ignora,
subindo a oitavo céu, pertende agora
A estrela achar no vosso firmamento.
Eu, que outro sol no seu zenith pondero
Aos do Nascido Soberanos Raios,
Pesando-me eu a mim me desespero.
Mas vós, Águia Real, esses ensaios
Entre os vossos levai, pois considero,
Que nunca em tanta sombra houve desmaios.
CURSINHO DA POLI, APOST. HÉLIOS 1, Prof. Ívian Lara destro, Fevereiro, 2008.
Nome:
ResponderExcluirJohnny, 25
Paulo, 32
Renato, 37
Pedro, 33
Cleiton, 14
A D. ÂNGELA
Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara?
Quem vira uma tal flor que a não cortara
De verde pé, da rama florescente;
E quem um Anjo vira tão luzente
Que por seu Deus o não idolatrara?
Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu Custódio e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo que me tenta, e não me guarda.
Vocabulário
florente: brilhante
por seu Deus: como seu Deus.
custódio: aquele que guarda, o anjo da guarda.
galharda: elegante, gentil
Observe que o nome da amada sugere as duas imagens em torno das quais se organiza toda a expressão poética.
O poema de gregório de matos A.D Angela foi feito no final do século XVII, entre os anos de 1690 e 1695 ano de sua morte, no Brasil sendo ele portugues já que o Brasil só se tornaria indepetente no século XIX . Essa obra foi criada durante o período BARROCO, sua relação com este período é de que esta obra é um soneto de amor tipíco do BARROCO onde o poeta idolatra sua amada mas está não o corresponde, sendo este também um poema de decraração. De acordo com Manuel Pereira Rebelo, seu primeiro biógrafo (início do século XVIII), o poeta teve uma paixão não correspondida pela filha de um senhor engenhoso, D. Ângela de Sousa Paredes Rabelo organizou um ciclo dos poemas que seriam expressão desse caso amoroso. Entre eles estão alguns dos mais belos da obra de Gregório de Matos.
Manuel Botelho de Oliveira nasceu em 1636, na cidade de Salvador, Bahia, em família abastada e estudou Jurisprudência em Coimbra, Portugal, onde foi contemporâneo de Gregório de Matos. Voltou à Bahia agraciado com o título de fidalgo do Rei. Dedicou-se à advocacia e desempenhou os cargos de vereador e capitão-mor de ordenanças, além de se ter notabilizado como argentário que emprestava dinheiro a juros, inclusive ao Estado. Em 1705, publica Música do Parnaso, volume que reunia poemas em português, espanhol, italiano e latim, bem como duas comédias, Hay Amigo Para Amigo e Amor, Engaños y Celos. Foi o primeiro poeta brasileiro a divulgar em letra de fôrma suas composições. Morreu em 5 de Janeiro de 1711,em Salvador.
ResponderExcluir"Quando vejo de Arnada o rosto amado,
Vejo ao céu e ao jardim ser parecido;
Porque no assombro do primor luzido
Tem o Sol em seus olhos duplicado."
"Tem o primeiro A nos arvoredos
sempre verdes aos olhos, sempre ledos;
tem o segundo A, nos ares puros
na tempérie agradáveis e seguros;
tem o terceiro A nas águas frias,
que refrescam o peito, e são sadias;
o quarto A, no açúcar deleitoso,
que é do Mundo o regalo mais mimoso."
vocabulário
primor:Perfeição; obra-prima; trabalho delicadíssimo.
luzidos:Perfeição; obra-prima; trabalho delicadíssimo.
ledos:Alegre; contente.
regalo:Bem-estar prolongado (tanto físico como moral).
escolhemos este por ter sido um dos primeiros a louvar a terra, e achamos bonito o jeito que Botelho escreveu...
GLEYSIANE N°21
JOÃO HENRIQUE N°24
ANA CAROLINA N°04
ERIVANIA N°17
JAQUELINE N°22
Oi Professora, aqui quem escreve é a Cintia do 2 ano B. A senhora pediu para que postássemos no blog um poema do arcadismo. Pois então, eu ja postei este soneto do Cláudio Manoel da Costa já faz um tempo. Então está tudo ok? Bjus... Cintia
ResponderExcluirnomes:
ResponderExcluirBeatriz Melo, 06
Mayara Sena, 26
Priscila Fonseca,30
Priscila Mendes, 31.
série: 2°C
Gonçalves Dias
Primeiro grande poeta do Romantismo brasileiro. A temática indianista que caracteriza sua obra apresenta forte colorido e ritmo. Seu grande poema indianista Os Timbiras ficou incompleto, pois durante o naufrágio em que o poeta morreu perderam-se também os textos. Além da vertente indianista, também se destaca a lírica amorosa, mas não apresenta passionalidade. Aqui a mulher é sempre um anjo, idealizada, numa ótica platônica.
Canção do Exílio
(solidão, exílio, amor à pátria, retomada por muitos modernistas)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Cláudio Manuel da Costa
ResponderExcluirIntrodutor do Arcadismo no Brasil, Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) estudou Direito em Coimbra. Rico, advogou em Mariana, SP, onde nasceu e estabeleceu-se depois em Vila Rica. Foi um poeta de transição, ainda muito preso ao Barroco. Era grande amigo de Tomás Antônio Gonzaga, como atesta a poesia deste. Tinha os pseudônimos (apelido, no caso dos árcades, de origem pastoril) de Glauceste Satúrnio e Alceste. O nome de sua musa era Eulina. Foi preso em 1789, acusado de reunir os conjurados da Inconfidência Mineira. Após delatar seus colegas, é encontrado morto na cela, um caso de suicídio até hoje nebuloso. Na citação a seguir está presente um elogio ao campo, lugar idealizado pelos árcades.
"Quem deixa o trato pastoril, amado,
Pela ingrata civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro da paz não tem provado."
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNome: Michelle n°29 Série: 2°B
ResponderExcluirCláudio Manoel da Costa
Um dos poetas brasileiros mais importantes do período colonial, e também um dos lançadores do arcadismo no Brasil em 1768, Cláudio Manoel da Costa nasceu em Vargem do Itacolomi, perto da cidade de Mariana, em 1729.
POEMA:
Temei, Penhas...
"Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;
Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura."
Livro Poemas, de Cláudio Manoel da Costa em adobe.
Nome: Talita Pereira N° 35 Série: 2°B
ResponderExcluirTomás Antônio Gonzaga
Com Tomás Antônio Gonzaga, o Arcadismo encontrou no Brasil a mais alta expressão. Na sua obra há um aspecto de erotismo frívolo, expresso principalmente nas poesias de metro curto, anacreônticas em grande parte, celebrando a namorada, depois noiva, sob o nome pastoral de Marília.
Carta 1a.
(...)
Acorda, Doroteu, acorda, acorda;
Critilo, o teu Critilo é quem te chama:
Levanta o corpo das macias penas;
Ouvirás, Doroteu, sucessos novos,
Estranhos casos, que jamais pintaram
Na idéia do doente, ou de quem dorme
Agudas febres, desvairados sonhos.
Não és tu, Doroteu, aquele mesmo,
Que pedes, que te diga, se é verdade,
O que se conta dos barbados monos,
Que à mesa trazem os fumantes pratos?
Não desejas saber, se há grandes peixes,
Que abraçando os Navios com as longas,
Robustas barbatanas, os suspendem,
Inda que o vento, que d'alheta sopra,
Lhes inche os soltos, desrizados panos?
Não queres, que te informe dos costumes
Dos incultos Gentios? Não perguntas,
Se entre eles há Nações, que os beiços furam?
E outras, que matam com piedade falsa
Os pais, que afroxam ao poder dos anos?
Pois se queres ouvir notícias velhas,
Dispersas por imensos alfarrábios,
Escuta a história de um moderno Chefe,
Que acaba de reger a nossa Chile,
Ilustre imitador a Sancho Pança.
E quem dissera, Amigo, que podia
Gerar segundo Sancho a nossa Espanha!
Não penses, Doroteu, que vou contar-te
Por verdadeira história uma novela
Da classe das patranhas, que nos contam
Verbosos Navegantes, que já deram
Ao globo deste mundo volta inteira:
Uma velha madrasta me persiga,
Uma mulher zelosa me atormente,
E tenha um bando de gatunos filhos,
Que um chavo não me deixem, se este Chefe
Não fez ainda mais, do que eu refiro.
(...)
Tem pesado semblante, a cor é baça,
O corpo de estatura um tanto esbelta,
Feições compridas, e olhadura feia,
Tem grossas sobrancelhas, testa curta,
Nariz direito, e grande; fala pouco
Em rouco baixo som de mau falsete;
Sem ser velho, já tem cabelo ruço;
E cobre este defeito, e fria calva
À força de polvilho, que lhe deita.
Ainda me parece, que o estou vendo
No gordo rocinante escarranchado!
As longas calças pelo embigo atadas,
Amarelo colete, e sobre tudo
Vestida uma vermelha, e justa farda:
(...)
Publicado no livro Cartas Chilenas (1845).
Soneto
ResponderExcluirDestes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh quem cuidara.
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza.
Amor, que vence os Tigres, por empresa
Tomou logo render-me, ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pode fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura.
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
Tomás Antônio Gonzaga
Tomás Antônio Gonzaga (1744 - 1810) é considerado um dos grandes poetas do Arcadismo brasileiro, e seus versos, fugindo à tendência da época, são marcados por expressão própria, pela harmonização dos elementos racionais e afetivos e por um toque de sensualidade pouco pronunciado, senão ausente, nos outros autores árcades.
Com Tomás Antônio Gonzaga, o Brasil encontrou a mais alta expressão. Na sua obra há um aspecto de erotismo frívolo, expresso principalmente nas poesias de metro curto.
Este poema de Tomás Antônio Gonzaga Retrada bem o pensamento arcadista, buscando a vida simples.E os fatos nacionais como a inconfidência mineira.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_Ant%C3%B4nio_Gonzaga
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/arcadismo/arcadismo.php
http://www.vivabrazil.com/vivabrazil/tomas_antonio_gonzaga.htm
Nomes:
Willyam de Lima Neves, 39
Danilo de Jesus Ferreira Nunes, 11
Eliezer Martins, 13
Deolino N. M. Oliveira, 16
2º B
Nome: Talita Feliciana N°34 Série:2°B
ResponderExcluirBasílio da Gama
O poeta José Basílio da Gama (1741-1795), nascido em São João del Rei, MG. Estudou com os Jesuítas no RJ até a expulsão destes do Brasil pelo Marquês de Pombal. Foi para Itália e ingressou na Arcádia Romana, adotando o pseudônimo de Termindo Sipilío. Escapou de acusações de jesuitismo escrevendo elogios ao casamento da filha do Marquês de Pombal. Escreveu O Uruguai ajudado por este e o publicou em 1769. A segunda passagem é uma das passagens mais famosas de sua obra: a morte de Lindóia.
Poema:
"Na idade que eu, brincando entre os pastores,
Andava pela mão e mal andava,
Uma ninfa comigo então brincava,
Da mesma idade e bela como as flores."
"Açouta o campo coa ligeira cauda
O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue o lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Conhece, com que dor! No frio rosto
Os sinais do veneno, e vê ferido
Pelo dente sutil o brando peito." O Uruguai
Nome: Naiara N°40 Série: 2°B
ResponderExcluirTomás Antônio Gonzaga
Nascido em Porto (1744-1810?) de pai brasileiro, estudou na BA e formou-se em Coimbra em Direito, sendo um jurista habilidoso. Envolvido na Inconfidência é preso em 23/05/1789 e mandado para a prisão no Rio de Janeiro. É deportado para a África em 1792. Na África se casa com uma rica herdeira, recupera fortuna e influências e morre, provavelmente, em 1810. Produziu pouco, exceto no curto tempo em que esteve em MG. Apaixonado por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, escreveu Marília de Dirceu em sua homenagem. Ele ia casar-se com ela e partir para a Bahia assumir um cargo de desembargador, mas foi preso uma semana antes. Segundo suas poesias ele não participava da Conjuração, apesar de ser amigo de Cláudio Manuel da Costa. De fato, Gonzaga, acusado de ser o mais capaz de dirigir a Inconfidência e ser o futuro legislador, não suportava Tiradentes. Escreveu também as Cartas Chilenas, que satirizavam seu desafeto, o governador Luís Cunha Meneses. Sua obra apresenta características transitórias para o Romantismo, como a supervalorização do amor e a idealização da mulher em Marília de Dirceu.
Poema:
"Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos ainda não está cortado;
Os Pastores, que habitam este monte,
Respeitam o poder de meu cajado." Marília de Dirceu
" Assim o nosso chefe não descansa
De fazer, Doroteu, no seu governo,
Asneiras sobre asneiras e, entre as muitas,
Que menos violentas nos parecem,
Pratica outras que excedem muito e muito
As raias dos humanos desconcertos." Cartas Chilenas
POESIA LÍRICA DE BOCAGE:
ResponderExcluirBocage,ou elmano Sadino,cultivou a lírica bucólica e amorosa,através de suas odes,elegias,canções,epístolas e sonetos.Influenciado por Camões,podemos encontrar em seus sonetos traços do artista clássico,além de traços pessoais do próprio Bocage,através de uma linguagem mais prosaica e até mesmo colonial.
********************************************************
SONETO
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cortejo
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo
Arrostar co`o sacrilégio gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da sorte dura,
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és... Mas, oh tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Bocage
Francielly n°21,2°b
RESUMO DO ARCADISMO
ResponderExcluirMOMENTO SÓCIO-CULTURAL
* Iluminismo,enciclopedismo,despotismo esclarecido:aliança entre os reis e a burguesia,formação da ideologia burguesa.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS:
* O texto como momento de lazer, de experiência amena com o belo,de distração,de idealização de um mundo pastoril e bucólico(arcadismo).
*Uso de pseudônimos pastoris,que remontam à Antiguidade.
* Fundação das Arcádias,academias literárias.
* Revigoramento do racionalismo classicista(neoclassicismo)em oposição ao Barroco.
*Didatismo na literatura:o texto como forma de ilustração,de ILUMINAÇÃO intelectual(neoclassicismo).
*Lemas arcádicos:CARPE DIEM,FUGERE URBEM,INUTILLA TRUNCAT.
AUTORES:
Correia Garção,Manuel Maria Barbosa Du Bocage,Cláudio Manuel da Costa,Tomás Antônio Gonzaga,Basílio da Gama.
nome:Francielly,n°21,série:2°B
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirErik Eduardo nº18 série: 2ºB
ResponderExcluirO Arcadismo no Brasil
No Brasil, o arcadismo chega e desenvolve-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais. É também neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista, principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. Desta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.
Entre os principais poetas do arcadismo brasileiro, podemos destacar Cláudio Manoel da Costa (autor de Obras Poéticas), Tomás Antônio Gonzaga (autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu), Basílio da Gama (autor de O Uraguai) , Frei Santa Rita Durão (autor do poema Caramuru) e Silva Alvarenga (autor de Glaura).
As principais características das obras do arcadismo brasileiro são: valorização da vida no campo, crítica a vida nos centros urbanos (fugere urbem = fuga da cidade), uso de apelidos, objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de temas épicos, linguagem simples, pastoralismo e fingimento poético.
Basílio da Gama
O poeta José Basílio da Gama (1741-1795), nascido em São João del Rei, MG. Estudou com os Jesuítas no RJ até a expulsão destes do Brasil pelo Marquês de Pombal. Foi para Itália e ingressou na Arcádia Romana, adotando o pseudônimo de Termindo Sipilío. Escapou de acusações de jesuitismo escrevendo elogios ao casamento da filha do Marquês de Pombal. Escreveu O Uruguai ajudado por este e o publicou em 1769. A segunda passagem é uma das passagens mais famosas de sua obra: a morte de Lindóia.
"Na idade que eu, brincando entre os pastores,
Andava pela mão e mal andava,
Uma ninfa comigo então brincava,
Da mesma idade e bela como as flores."
"Açouta o campo coa ligeira cauda
O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue o lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Conhece, com que dor! No frio rosto
Os sinais do veneno, e vê ferido
Pelo dente sutil o brando peito." O Uruguai
PROFESSORA,ONTEM,NA HORA EM QUE EU POSTEI, NÃO COLOQUEI O NOME DAS MENINAS DO GRUPO (rsrrsrrs),SÃO A ANA
ResponderExcluir(N°1)E A MAYRA(N°28).
Ao Volante
ResponderExcluirde Álvaro de Campos
Maieável aos meus movimentos subconscientes do volante,
Galga sob mim comigo o automóvel que me emprestaram.
Sorrio do símbolo, ao pensar nele, e ao virar à direita.
Em quantas coisas que me emprestaram eu sigo no mundo
Quantas coisas que me emprestaram guio como minhas!
Quanto me emprestaram, ai de mim!, eu próprio sou!
(...)
Ana Caroline nº 03
Antonia Gessica nº 04
Gleice nº 16
2ºC
Stefany n°35, Aline n°1, Fátima n°14, Natália n°27, Juliana Amaral n°22.2° C
ResponderExcluirCastro Alves, ele fazia poemas pensando no bem de toda a sociedade, e não se preocupava somente com o eu lírico que nem o Álvares de Azevedo.
O Navio Negreiro
(Tragédia no mar)
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Não postamos antes, pois, não conseguimos acessar o blog.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNome: Amanda Brito n°3 Série: 2°D
ResponderExcluirGregório de Matos
Gregório de Matos é considerado um dos maiores e mais importantes poetas do período Barroco no Brasil, pertencera a uma família de posses, fora advogado e posteriormente apelidado de Boca de Brasa, por fazer duras críticas a igreja e a Bahia.
Poema:
Pica-Flor
Poema em décima onde o autor usa de sua linguagem venenosa e vaidosamente conotada de sentidos para exprimir seu desdenho pela positivação das opiniões recalcadas de uma freira.
Se Pica-Flor me chamais,
Pica-Flor aceito ser,
Mas resta agora saber,
Se no nome que me dais,
Meteia a flor que guardais
No passarinho melhor!
Se me dais este favor,
Sendo só de mim o Pica,
E o mais vosso, claro fica,
Que fico então Pica-Flor.